quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Comunista, Dino promete 'choque de capitalismo' no MA

Carlos Madeiro
Do UOL, em São Luís


  • Beto Macário/UOL
    Flávio Dino (PC do B) (centro), governador eleito pelo Maranhão, durante entrevista Flávio Dino (PC do B) (centro), governador eleito pelo Maranhão, durante entrevista
Aos 50 anos, o ex-deputado federal Flávio Dino (PC do B) se tornou, domingo (5), o primeiro comunista eleito governador de um Estado no país. Vencedor com 63,5% dos votos válidos dos maranhenses, ele promete iniciar um novo ciclo no Estado, mas não para estatizar ou coletivizar nada, mas sim, "implantando o capitalismo" no Maranhão.
Em entrevista ao UOL, Dino afirmou que o Estado precisa quebrar o modelo de governo a serviço de poucas famílias que mantiveram no poder por meio século e, assim, estimular a competitividade e ingresso de novos empresários.
"Isso leva a mais investimentos e expansão da riqueza", disse.
Durante a conversa, o novo governador do Maranhão também falou dos desafios à frente do cargo, como superar o indicadores sociais negativos, a crise no sistema prisional, anunciou as primeiras medidas de governo a partir de 1º de janeiro de 2015 e fez uma previsão de como deve ser o comportamento na oposição do grupo ligado aos Sarney.
UOL - Como o senhor pretende usar a ideologia comunista em seu governo?
Flávio Dino - Sobretudo com o compromisso da mudança pela igualdade. Durante a campanha, falaram muto sobre comunismo, que ia implantar o comunismo, e eu falava sobre a etimologia da palavra: comunismo é comunidade, comunhão. Dizia: 'defendemos que haja uma comunhão mais justa da riqueza. Aqui no Maranhão essa é grande questão. Temos uma contradição entre o 16º maior PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil e as últimas colocações dos indicadores sociais, o que mostra que tem algo errado. O PIB deveria gerar índices melhores, mas não gera pela concentração. A gente precisa aumentar a riqueza, não há duvida, mas garantir que o aumento não seja absoluto. Essa luta política é PIB versus IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), pois o Sarney diz que é o PIB o mais importante, e eu digo que é IDH. Então do comunismo se aproveitam valores e princípios. São possíveis medidas inspiradas nesses valores, mas no limite de legalidade. Não vamos estatizar, nem coletivizar nada, mas buscar a distribuição.
Mesmo sendo comunista, o senhor falou muito durante a campanha em incentivar a concorrência, atrair empresas, práticas capitalista. Não é contraditório?
Aqui temos uma arranjo patrimonialista clássico: confusão do privado e a submissão do público, sempre a serviço de três famílias: Sarney, Lobão e Murad. Nossa vitória interrompe esse ciclo e desamarra esse nó da economia do Maranhão. Isso melhora as condições para que haja mais competição. Na nossa avaliação e na dos economistas, isso leva a mais investimentos e expansão da riqueza. Nesse sentido econômico, sempre falava de um choque de capitalismo. Vamos fazer o capitalismo no Maranhão. Garantir que os empresários saibam que há regras do jogo, e essas regras não serão rescindidas ou revogadas de acordo com família A, B ou C.
Como o senhor pretende reduzir a pobreza do Maranhão, já que o Estado possui poucos recursos?
Primeiro, usando bem o dinheiro público disponível. No momento em que você tem uma gestão melhor, com probidade, você mobiliza recursos. Nós temos o Fundo de Combate à Pobreza do Maranhão. Onde é aplicado, ninguém sabe. São 200e poucos milhões por ano, mas não tem transparência. Na hora que você pega esse dinheiro, você foca em melhorar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) rapidamente.

Dino fala em página virada no MA; analista vê risco de decepção


Quais suas medidas iniciais no governo?
Vamos fazer uma campanha de alfabetização, no sentido de mutirão, não sozinho, mas mobilizando igreja, sociedade. E vamos pegar as 20 cidades e investir na geração de renda, que é o viés mais rápido de melhorar o IDH. A renda é tão baixa que se você faz um arranjo produtivo local, e o governo compra o produto, você duplica a renda da cidade em dois anos. Nós vamos focar nisso com políticas transversais.
Uma das críticas do seu opositor era de que há, em seu plano de governo, uma promessa de dobrar o contingente policial, mas que não há recursos para isso.
A nossa meta é para quatro anos, e vai se condicionar à meta de crescimento da receita. O que ele fala é futurologia. É uma meta necessária. É impossível fazer segurança com o número de policiais que temos. Hoje, a violência cresce, o tráfico cresce, e como vai conter? Com polícia na rua.
O Maranhão tem a pior relação de médicos por habitante do país. Como manter e atrair profissionais?
Duas coisas faremos imediatas. Um: residência médica. Hoje exportamos médicos. A gente forma 300 médicos, mas só têm 100 vagas de residência. Tem de ter um vigoroso programa de residência e um programa de valorização da atenção básica. Minha ideia é dar um complemento para tentar reter esses médicos no Maranhão. Uma coisa de mais longo prazo, e é meta do governo, é fazer com que os cursos funcionem em plena capacidade.
A crise no Complexo Prisional de Pedrinhas ainda permanece, com fugas, mortes, rebeliões. O que senhor fará com o local?
Vamos retomar a autoridade de Pedrinhas, quebrar o poder das facções lá dentro. Nós vamos retirar todos os terceirizados da atividade-fim, que é uma imposição legal. O cara está num barril de pólvora ganhando salário mínimo. A chance disso dar certo é zero. E isso só foi feito por negócio, porque o cara que terceiriza é sócio do Jorge Murad [marido de Roseana Sarney]. Vamos usar os agentes e ter apoio nacional. Quero mostrar que uma politica de direitos humanos é eficaz. Precisa ter aliados, não se consegue retomar o controle de 2.000 pessoas sem aliados. É preciso conquistar as pessoas, não é só colocar um policial em cada cela. Vamos fazer isso com muita dedicação, porque é simbólico. Temos coisas aqui que são simbólicas, como vender a casa de festas. São coisas para mostrar essa mudança. E também temos algumas obras-símbolo, como a rodovia Paulo Ramos-Arame, que é importante para o Maranhão. Essa estrada foi paga num dos governos de Roseana e ela não existe.
O senhor pretende fazer uma auditoria nas contas do governo Roseana?
Uma auditoria no sentido da devassa, não. Vamos fazer na medida em que os problemas surgem. Aí sim, surgindo, vamos auditar, rescindir e ir atrás do ressarcimento. Isso é inegociável. Quem deu o prejuízo, vai ter de pagar.

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05.out.2014 - A jornalista Eliziane Gama (PPS), 37, conquistou em 5 de outubro a maior votação para o cargo de deputada federal pelo Maranhão, com 133.575 votos (4,34%). Atualmente no final de seu segundo mandato seguido como deputada estadual, a candidata do PPS chegou a disputar a prefeitura de São Luís em 2012, mas terminou em terceiro lugar, com quase 14% dos votos Reprodução/Facebook
Após uma campanha acirrada e com tantas acusações, como o senhor espera a transição?
Devo até o fim da semana anunciar a equipe, e espero que, a partir daí, a governadora designe os interlocutores e dê os dados necessários. Espero que o grupo tenha uma atitude mais respeitosa do que teve durante a campanha. Ao mesmo tempo, se houver sabotagem, vamos combater com muita dureza. Depende mais deles do que da gente.
Como o senhor espera que se comportem os Sarney na oposição?
Acho que o núcleo ligado a esses três clãs --que têm pessoas intimamente ligadas-- vai fazer oposição dura. Mas é do jogo. 
Aqui no Maranhão muito se fala que o Jackson Lago, em 2009, foi cassado sem provas e por conta da força dos Sarney. O senhor teme algo assim novamente?
Não. Acredito que eles devem entrar com alguma ação para manter um tensionamento. Mas não acredito, primeiro, porque não há razão. Eu conheço bem esse grupo e conheço bem esse jogo. Eu vivo disso há 24 anos. Então, a gente tomou todas as cautelas e não há razão objetiva. Mas vão dizer: 'mas no caso Jackson também não havia'. Mas ali havia uma conjunção muito desfavorável a ele, que era o Sarney presidente do Senado, e era a filha dele. A situação agora é bem diferente.
Na primeira entrevista que o senhor deu após a vitória, disse que a oligarquia acabou para sempre. Por que tanta certeza?
O grupo vai continuar existindo e com maioria na Assembleia. O resultado eleitoral mostra que o tempo deles passou. A gente ganhou com imensa maioria nas cidades. Tem cidade que tivemos 90% dos votos. É algo muito eloquente nesse sentido. Eles moveram todo o arsenal tradicional deles, de dinheiro, compra, ataques, mentira, e não funcionou.
Mas porque funcionou por 50 anos e nesta eleição falhou?
Porque se exauriu. Houve mudanças sociais. A internet foi uma aliada expressiva, nos deu velocidade para combater a mídia tradicional deles. O Bolsa Família também, porque cria independência do chefe político local. E também teve o crescimento da urbanização. São fatores estruturais. E eles chegaram nessa eleição com um desgaste administrativo mais forte. Teve a crise de Pedrinhas, o doleiro Yousseff preso aqui, depois o Paulo Roberto Costa. Esses eventos ajudam a entender o resultado.
Como o senhor espera a receptividade do governo federal a um novo governo maranhense?
Espero parceria, colaboração e um julgamento técnico das nossas propostas. Vamos fazer bons projetos, e isso com certeza vai resultar em muitas parcerias, qualquer que seja o presidente.


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domingo, 22 de junho de 2014

PCdoB, do candidato Flávio Dino ao governo do Maranhão, terá vice do PSDB e a vaga ao Senado ao PSB

PANORAMA POLÍTICO (22) - O GLOBO - ILIMAR FRANCO


PCdoB, do candidato Flávio Dino ao governo do Maranhão, terá vice do PSDB e a vaga ao Senado ao PSB. PT ficará com Lobão Filho (PMDB).

segunda-feira, 3 de março de 2014

Noni: a planta que cura 27 enfermidades

A planta chegou à Universidade Federal do Piauí há quatro anos e vem sendo alvo de diversos estudos

27/01/2009 11:28
 
Vez por outra, uma planta aparece no cenário nacional com a promessa de curar vários tipos de doenças. Em alguns casos, a fama é comprovada, em outros, os efeitos colaterais acabam por desmistificar o uso exagerado. Há algum tempo, os piauienses conheceram uma planta comum do Taiti, chamada popularmente de Noni. Muitos pesquisadores estão estudando os efeitos de seu fruto e já comprovaram, com 75% de eficiência, os efeitos positivos para a cura de 27 enfermidades. 

A planta chegou à Universidade Federal do Piauí há quatro anos e vem sendo alvo de diversos estudos. O fruto noni, que lembra uma graviola ou fruta do conde, é transformado em suco e misturado com suco de uva ou goiaba, em proporções já estabelecidas. O suco combate, entre outras doenças, artrite, artrose, reumatismo, diabetes tipo 1 e 2, dores de cabeça, impotência sexual, perda de peso e hipertensão. A planta pode chegar a três metros de altura e produz durante o ano inteiro. 

O professor do curso de Agronomia e coordenador do Núcleo de Plantas Aromáticas e Medicinais da UFPI, Francisco Rodrigues Leal, diz que o noni já tem seu espaço garantido na Fitoterapia. “É uma fruta com um sabor e um cheiro diferentes que, aos poucos, a gente se acostuma. No seu país de origem, a fruta é largamente consumida in natura, como nós comemos a goiaba aqui”, comentou o professor. 

De acordo com informações de Francisco Leal, o noni funciona porque tem como princípio elevar a imunidade da pessoa e recuperar as células danificadas. “Além, é claro de toda a riqueza de vitaminas e aminoácidos contidos na fruta”, disse. O concentrado deve ser feito na seguinte proporção: 89% da polpa da fruta e 11% de suco de uva ou goiaba. “Se o paciente fizer em um copo de 100ml deve usar 60% de polpa e 40% de suco de uva ou goiaba”, disse. 

A empresária Margarida dos Santos, de 55 anos, já pagou caro pela garrafa de suco comercializada no Brasil. “Comprei a garrafa em São Paulo. Eu sofria de refluxo gastro-esofágico e depois de 15 dias tomando o suco o problema começou a diminuir — já o remédio não tinha adiantado. O bem-estar aumentou, a pele melhorou bastante e meu cabelo parou de cair como vinha acontecendo de forma dramática. Já tomo o suco há três meses, de manhã em jejum”, informou. 

Francisco Leal alertou, porém, que cada caso é um caso. O paciente deve procurar orientação de um fitoterapeuta, para não correr o risco de usar medidas diferentes ou simplesmente não saber o tempo correto do tratamento. O setor de agronomia da UFPI conta hoje com pouco mais de cem plantas de noni e distribui mudas, em pequena quantidade, para a população.

Produto ainda não tem registro na Anvisa

A popularidade do Noni em alguns países está intimamente ligada ao seu poder terapêutico. Em 2003, a fruta virou febre nos Estados Unidos, que por lá, é misturada com blueberry ou cranberry. Em tempo: o cranberry, uma frutinha vermelha do Hemisfério Norte, é parente da groselha e, acredita-se, do cupuaçu. De acordo com estatísticas de 2003, uma garrafa do suco era vendida a cada dois segundos (ou menos) pelo mundo afora — sem falar das cápsulas e dos chás. Muitas pessoas também revendem o suco na Internet. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa - informou, em maio de 2007, que o noni não possui histórico de consumo no Brasil e, portanto, a comercialização de qualquer alimento contendo esse ingrediente só será permitida após a comprovação de sua segurança de uso e registro na Anvisa. Ressaltou ainda que, de acordo com o artigo 56 do Decreto-Lei nº. 986/69 os produtos com finalidade terapêutica ou medicamentosa não são considerados alimentos. 

A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás e de vários outros estados brasileiros proibiram a comercialização do suco vendido no Brasil, exatamente por causa da não comprovação da segurança da Anvisa. Controvérsias à parte, quem faz uso do suco do noni diz que seus efeitos são únicos e não se arrependem de tomar, diariamente. 

Fonte: Katiúscia Alves / Jornal O Dia
Edição: Portal O Dia
Repórter: Portal O Dia

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Edson Paim no Twitter e no Facebook

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  • sábado, 15 de fevereiro de 2014


    MIRO TEIXEIRA CONCORRERÁ AO GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

    O PROS e o PSB se acertaram no Rio. O deputado Miro Teixeira concorrerá ao governo e Romário ao Senado. (Panorama Político - 13-02-2014 (O Globo - Ilimar Franco)

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    candidato de Eduardo Campos no Rio
    Miro Teixeira pode ser o candidato de Eduardo Campos no Rio
     

    Miro Teixeira pode ser o candidato de Eduardo Campos no Rio

    12 de fevereiro de 2014 19:00 por: Categoria: Anna RamalhoPolítica 
    O deputado federal Miro Teixeira (PROS-RJ) tem conversado com a ex-senadoraMarina Silva para ser o candidato do PSB/Rede no Rio de Janeiro e, assim, dar palanque a Eduardo Campos no estado. A avaliação dos envolvidos nas negociações – além do PSB e do PROS, o PPS também integraria a chapa – é que o apoio de Marina, muito bem votada em 2010 pelos fluminenses, poderia desequilibrar a balança e viabilizar Miro.


    TERÇA-FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2014

     
       MIRO TEIXEIRA NO FACEBOOK     


    Miro Teixeira é o pré-candidato a Governado do RJ, apoiado por Marina Silva que obteve 2.693.130 de votos no Estado, quase 1/3 (31,52%). Ainda poderá receber, também, apoio do PSB, partido do Governador Eduardo Campos, seu provável companheiro de chapa, ao qual ela também esta filiada, cuja sinergia, certamente, potencializará seu desempenho eleitoral em terras fluminenses.



     

    sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014


    Bahia: ACM Neto prefere Geddel a Paulo Souto (Josias de Souza)

    Lula Marques/FolhaEm política, o que te dizem espontaneamente nunca é tão importante quanto o que você ouve atrás da porta. Tome-se o exemplo da Bahia. DEM, PMDB e PSDB se equipam para enfrentar Rui Costa, chefe da Casa Civil e candidato da preferência  do governador petista Jaques Wagner.
    Dirigentes do DEM e do PSDB afirmam que o cabeça da chapa oposicionista será o ex-goverandor ‘demo’ Paulo Souto. Ele hesitava em aceitar o desafio. Bem posto nas pesquisas, foi assediado por correligionários locais e federais. Acabou cedendo.
    O diabo é que pelo menos dois pares de orelhas com acesso ao gabinete de ACM Neto ouviram-no dizer que o correligionário Souto demorou demais a soltar o “sim”. Quando finalmente livrou-se das dúvidas, há uma semana, o prefeito ‘demo’ de Salvador já havia se comprometido em apoiar a candidatura de Geddel Vieira Lima, do PMDB.
    A prevalecer esse entendimento, Souto teria de se ajeitar na posição da chapa reservada ao candidato a senador. O PSDB indicaria o candidato a vice. E o presidenciável tucano Aécio Neves ganharia na Bahia, quarto maior colégio eleitoral do país, um palanque ornado com um dissidente do PMDB, amigo do vice-presidente Michel Temer.

    sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

    Superávit primário do Governo Central somou R$ 75,1 bilhões em 2013

                    30/01/2014 15h30
    • Brasília
    Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco
    O esforço fiscal do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) encerrou 2013 em R$ 75,1 bilhões, 2,8% acima da meta reduzida de R$ 73 bilhões para o ano passado. A informação foi divulgada, há pouco, pelo Tesouro Nacional. O valor havia sido divulgado no último dia 2 pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, mas os números detalhados só foram apresentados hoje (30). Em dezembro, o superávit primeiro chegou a R$ 14,532 bilhões, o segundo melhor resultado da história para o mês.
    O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública e reduzir o endividamento do governo no médio e longo prazos. Considerando apenas os critérios do Tesouro Nacional, o esforço fiscal somou R$ 77,072 bilhões no ano passado. O montante de R$ 75,1 bilhões corresponde à metodologia aplicada pelo Banco Central, que é levada em conta pela Lei de Diretrizes Orçamentárias e considera a variação do endividamento dos entes públicos.
    Os resultados fiscais dos estados e dos municípios só serão divulgados amanhã (31) pelo Banco Central. Originalmente, a meta de superávit primário do Governo Central correspondia a R$ 108,09 bilhões, mas o governo reduziu esse limite para R$ 73 bilhões para abrir espaço para o aumento dos gastos públicos e para as reduções de tributos usadas para estimular a economia no ano passado.
    Na comparação com 2012, quando o superávit primário havia atingido R$ 88,262 bilhões, o esforço fiscal no ano passado caiu 12,7%. Isso ocorreu porque, apesar do crescimento das receitas no ano passado, o governo aumentou os gastos em ritmo maior. Em 2013, as receitas líquidas subiram 12,5%, mas as despesas aumentaram 13,6%.
    O crescimento nos gastos foi puxado pelas despesas de custeio (manutenção da máquina pública), que subiram 20,7% em 2013. Isso representa aceleração na comparação com 2012, quando o custeio tinha crescido 16,2%. Por causa de acordos salariais que garantiram reajustes para parte do funcionalismo público, as despesas de pessoal também aceleraram, de crescimento de 3,8% em 2012 para expansão de 8,9% em 2013.
    Os investimentos federais, que englobam obras públicas e compra de equipamentos, também aumentaram, mas em velocidade menor: 6,4%. Esse crescimento representa desaceleração em relação a 2012, quando a expansão havia atingido 13%. Mesmo assim, os investimentos terminaram o ano passado em nível recorde: R$ 63,224 bilhões. Os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) totalizaram R$ 44,2 bilhões em 2013, com crescimento de 13,8% em relação a 2012.
    O superávit primário levemente acima da meta foi possível por causa de parcelamentos especiais que renderam R$ 21,8 bilhões em novembro e dezembro e fizeram a
    arrecadação federal reagir e encerrar 2013 com recorde. Multinacionais brasileiras, bancos e seguradoras abriram mão de questionamentos na Justiça e aderiram à renegociação de dívidas tributárias. Além disso, o governo reabriu o Refis da Crise, que permite o refinanciamento de débitos de qualquer contribuinte com a União, e arrecadou R$ 15 bilhões com a assinatura do Campo de Libra.

    segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

    RESUMO DAS NOTÍCIAS DOS JORNAIS DE HOJE (27-01-2014 - SEGUNDA-FEIRA

    27 de janeiro de 2014
    Correio Braziliense


    Manchete: Temor de radicalização ronda novos protestos
    O aspecto mais violento das manifestações de 2013 volta a preocupar as autoridades. Governo federal promete intensificar a vigilância de grupos como os black blocs. Em SP, um jovem que reagiu à prisão foi baleado pela PM durante ato anti-Copa. No DF, Gama Shopping avisa que acionará rolezeiros por danos. (Págs. 1, 5 e 6)
    Presídios do Entorno na trilha do caos maranhense
    As cenas horripilantes vistas na penitenciária de Pedrinhas (MA) não estão muito distantes da realidade goiana. Série do Correio mostra que o estado enfrenta superlotação em todo o sistema. Recursos existem, mas a má gestão emperra a construção de novas unidades. (Págs. 1, 17 e 18)
    Tango desafinado: Governo argentino dá passo atrás na economia
    Após o anúncio de que permitiria a compra de dólares pelo cidadão, equipe da presidente Cristina Kirchner diz que mudou de ideia. A redução na sobretaxa de quem compra a moeda americana, de 35% para 20%, valerá apenas para aplicações financeiras, frustrando os hermanos que planejavam viajar ao exterior. Um choque cambial é inevitável, preveem especialistas. (Págs. 1 e 9)

    Manifestantes ucranianos fazem novo gesto de força (Págs. 1 e 13)


    ------------------------------------------------------------------------------------
    Estado de Minas


    Manchete: Problemas expressos
    Excesso de semáforos, velocidade de 60km/h e falta de passarelas e viadutos: Via Expressa não faz jus ao nome

    Há ainda carência de manutenção do corredor de trânsito de ligação do Vetor Oeste que passa por Belo Horizonte, Contagem e Betim. São 22 quilômetros separando o Bairro Coração Eucarístico, Noroeste da capital, da BR-381, saída para São Paulo, que deveriam servir como opção para a saturada Avenida Amazonas. No entanto, a única semelhança com uma rodovia de tráfego rápido é o fluxo intenso de veículos, média de 120 mil por dia. Caminhões, ônibus, carros e motos disputam a pista, interrompida sucessivamente por cruzamentos e passagens de pedestres. Em alguns trechos, além de buracos, lixo espalhado, entulho descartado irregularmente e veículo abandonado no acostamento compõem cenário de descaso. (Págs. 1, 17 e 18)

    Devoção: Brasil fatura R$ 15 bi com turismo da fé
    Somente Aparecida, em São Paulo, recebe 12 milhões de visitantes por ano. Santuário terá ligação com o de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, na Grande BH, pelo Caminho Religioso da Estrada Real, que será lançado em abril. (Págs. 1, 10 e 11)
    Saúde: Pacientes do SUS barrados na fronteira
    Quem vive próximo à divisa entre estados é obrigado a buscar atendimento em cidades distantes, mas dentro do território em que residem. Para conseguir assistência em hospital mais próximo, pacientes chegam a informar endereço falso. (Págs. 1 e 3)
    Protesto: Fiéis impedem missa sem a presença de Frei Cláudio
    Cerca de 900 pessoas assoviaram, bateram nos bancos da igreja e gritaram em coro chamando pelo frade na celebração da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, na Região Centro-Sul da capital. Permanência do religioso é incerta. (Págs. 1 e 19)
    Relatório aponta falhas no Palácio da Liberdade (Págs. 1 e 21)


    ------------------------------------------------------------------------------------
    Jornal do Commercio


    Manchete: Mulheres assassinadas
    Ciúmes provocaram a morte de duas esposas, ambas por asfixia. Uma dentro da penitenciária Barreto Campelo. A outra, uma idosa de 64 anos, casada há 42 com o agressor. Uma jovem de 14 anos, grávida, foi morta baleada em assalto. (Págs. 1 e 10)
    Arma de guerra é entregue à Polícia Federal
    Desarmamento recebe foguete capaz de penetrar em blindagem de tanques. (Págs. 1 e Capa dois)
    Indústria pressiona por mais incentivos
    Setor automobilístico cobra do governo, agora, benefícios fiscais para o segmento de autopeças. (Págs. 1 e 7)
    Rapaz baleado durante ato em São Paulo
    Manifestante de 22 anos levou dois tiros de policiais em protesto contra a Copa do Mundo, sábado. PM investiga o caso. (Págs. 1 e 4)

    Boate Kiss
    Há um ano, incêndio matou 242 pessoas, jovens em sua maioria, na cidade gaúcha de Santa Maria. (Págs. 1 e 5)
    ------------------------------------------------------------------------------------
    Zero Hora


    Manchete: Acordo contestado - TCE questiona prefeitura sobre obras junto à Arena
    Segundo relatório de auditores do tribunal, município teria assumido melhorias que deveriam ter sido feitas por construtora. (Págs. 1 e 10)
    Sem ônibus na capital: Greve deve afetar mais de 1 milhão de pessoas
    Paralisação não tem data para se encerrar. Veja alternativas para driblar a falta de transporte. (Págs. 1 e 29)
    Kiss: Um ano
    Dia de saudade, vigília e homenagens às vítimas.

    Os 47 meses de uma boate que operou fora da lei. (Págs. 1, 4 a 8 e 12 - Rosane de Oliveira)

    ------------------------------------------------------------------------------------
    Brasil Econômico


    Manchete: "A gestão do Banco Central é temerária"
    Ex-diretor do Banco Central e doutor em Economia pela Universidade da Califórnia, Alexandre Schwartsman não foge à fama de crítico feroz do governo e da política econômica, que “no Brasil emana diretamente da Presidência da República”. O Banco Central, diz ele, é subserviente: “A prioridade do BC não é a inflação: é o crescimento, é o câmbio”. (Págs. 1 e 4 a 7)
    Nelson Barbosa: ‘Política fiscal suavizou a inflação’
    O ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda afirma que as medidas de renúncia fiscal ajudaram a conter os preços. Ele acredita que o BC persegue a meta da inflação. (Págs. 1 e 9)
    Davos
    Dilma: O Brasil precisa e quer parceria com investimento privado nacional e externo. (Págs. 1 e 8)
    Plano de Negócios: Pequenos fornecedores alimentam funcionários das usinas da Odebrecht (Págs. 1 e 19)


    Tendência: Rogério Molina, da LG: “A Copa vai impulsionar o interesse pelas telas grandes e pela alta resolução” (Págs. 1, 12 e 13)

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    Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.