sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Superávit primário do Governo Central somou R$ 75,1 bilhões em 2013

                30/01/2014 15h30
  • Brasília
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco
O esforço fiscal do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) encerrou 2013 em R$ 75,1 bilhões, 2,8% acima da meta reduzida de R$ 73 bilhões para o ano passado. A informação foi divulgada, há pouco, pelo Tesouro Nacional. O valor havia sido divulgado no último dia 2 pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, mas os números detalhados só foram apresentados hoje (30). Em dezembro, o superávit primeiro chegou a R$ 14,532 bilhões, o segundo melhor resultado da história para o mês.
O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública e reduzir o endividamento do governo no médio e longo prazos. Considerando apenas os critérios do Tesouro Nacional, o esforço fiscal somou R$ 77,072 bilhões no ano passado. O montante de R$ 75,1 bilhões corresponde à metodologia aplicada pelo Banco Central, que é levada em conta pela Lei de Diretrizes Orçamentárias e considera a variação do endividamento dos entes públicos.
Os resultados fiscais dos estados e dos municípios só serão divulgados amanhã (31) pelo Banco Central. Originalmente, a meta de superávit primário do Governo Central correspondia a R$ 108,09 bilhões, mas o governo reduziu esse limite para R$ 73 bilhões para abrir espaço para o aumento dos gastos públicos e para as reduções de tributos usadas para estimular a economia no ano passado.
Na comparação com 2012, quando o superávit primário havia atingido R$ 88,262 bilhões, o esforço fiscal no ano passado caiu 12,7%. Isso ocorreu porque, apesar do crescimento das receitas no ano passado, o governo aumentou os gastos em ritmo maior. Em 2013, as receitas líquidas subiram 12,5%, mas as despesas aumentaram 13,6%.
O crescimento nos gastos foi puxado pelas despesas de custeio (manutenção da máquina pública), que subiram 20,7% em 2013. Isso representa aceleração na comparação com 2012, quando o custeio tinha crescido 16,2%. Por causa de acordos salariais que garantiram reajustes para parte do funcionalismo público, as despesas de pessoal também aceleraram, de crescimento de 3,8% em 2012 para expansão de 8,9% em 2013.
Os investimentos federais, que englobam obras públicas e compra de equipamentos, também aumentaram, mas em velocidade menor: 6,4%. Esse crescimento representa desaceleração em relação a 2012, quando a expansão havia atingido 13%. Mesmo assim, os investimentos terminaram o ano passado em nível recorde: R$ 63,224 bilhões. Os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) totalizaram R$ 44,2 bilhões em 2013, com crescimento de 13,8% em relação a 2012.
O superávit primário levemente acima da meta foi possível por causa de parcelamentos especiais que renderam R$ 21,8 bilhões em novembro e dezembro e fizeram a
arrecadação federal reagir e encerrar 2013 com recorde. Multinacionais brasileiras, bancos e seguradoras abriram mão de questionamentos na Justiça e aderiram à renegociação de dívidas tributárias. Além disso, o governo reabriu o Refis da Crise, que permite o refinanciamento de débitos de qualquer contribuinte com a União, e arrecadou R$ 15 bilhões com a assinatura do Campo de Libra.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

RESUMO DAS NOTÍCIAS DOS JORNAIS DE HOJE (27-01-2014 - SEGUNDA-FEIRA

27 de janeiro de 2014
Correio Braziliense


Manchete: Temor de radicalização ronda novos protestos
O aspecto mais violento das manifestações de 2013 volta a preocupar as autoridades. Governo federal promete intensificar a vigilância de grupos como os black blocs. Em SP, um jovem que reagiu à prisão foi baleado pela PM durante ato anti-Copa. No DF, Gama Shopping avisa que acionará rolezeiros por danos. (Págs. 1, 5 e 6)
Presídios do Entorno na trilha do caos maranhense
As cenas horripilantes vistas na penitenciária de Pedrinhas (MA) não estão muito distantes da realidade goiana. Série do Correio mostra que o estado enfrenta superlotação em todo o sistema. Recursos existem, mas a má gestão emperra a construção de novas unidades. (Págs. 1, 17 e 18)
Tango desafinado: Governo argentino dá passo atrás na economia
Após o anúncio de que permitiria a compra de dólares pelo cidadão, equipe da presidente Cristina Kirchner diz que mudou de ideia. A redução na sobretaxa de quem compra a moeda americana, de 35% para 20%, valerá apenas para aplicações financeiras, frustrando os hermanos que planejavam viajar ao exterior. Um choque cambial é inevitável, preveem especialistas. (Págs. 1 e 9)

Manifestantes ucranianos fazem novo gesto de força (Págs. 1 e 13)


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Estado de Minas


Manchete: Problemas expressos
Excesso de semáforos, velocidade de 60km/h e falta de passarelas e viadutos: Via Expressa não faz jus ao nome

Há ainda carência de manutenção do corredor de trânsito de ligação do Vetor Oeste que passa por Belo Horizonte, Contagem e Betim. São 22 quilômetros separando o Bairro Coração Eucarístico, Noroeste da capital, da BR-381, saída para São Paulo, que deveriam servir como opção para a saturada Avenida Amazonas. No entanto, a única semelhança com uma rodovia de tráfego rápido é o fluxo intenso de veículos, média de 120 mil por dia. Caminhões, ônibus, carros e motos disputam a pista, interrompida sucessivamente por cruzamentos e passagens de pedestres. Em alguns trechos, além de buracos, lixo espalhado, entulho descartado irregularmente e veículo abandonado no acostamento compõem cenário de descaso. (Págs. 1, 17 e 18)

Devoção: Brasil fatura R$ 15 bi com turismo da fé
Somente Aparecida, em São Paulo, recebe 12 milhões de visitantes por ano. Santuário terá ligação com o de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, na Grande BH, pelo Caminho Religioso da Estrada Real, que será lançado em abril. (Págs. 1, 10 e 11)
Saúde: Pacientes do SUS barrados na fronteira
Quem vive próximo à divisa entre estados é obrigado a buscar atendimento em cidades distantes, mas dentro do território em que residem. Para conseguir assistência em hospital mais próximo, pacientes chegam a informar endereço falso. (Págs. 1 e 3)
Protesto: Fiéis impedem missa sem a presença de Frei Cláudio
Cerca de 900 pessoas assoviaram, bateram nos bancos da igreja e gritaram em coro chamando pelo frade na celebração da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, na Região Centro-Sul da capital. Permanência do religioso é incerta. (Págs. 1 e 19)
Relatório aponta falhas no Palácio da Liberdade (Págs. 1 e 21)


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Jornal do Commercio


Manchete: Mulheres assassinadas
Ciúmes provocaram a morte de duas esposas, ambas por asfixia. Uma dentro da penitenciária Barreto Campelo. A outra, uma idosa de 64 anos, casada há 42 com o agressor. Uma jovem de 14 anos, grávida, foi morta baleada em assalto. (Págs. 1 e 10)
Arma de guerra é entregue à Polícia Federal
Desarmamento recebe foguete capaz de penetrar em blindagem de tanques. (Págs. 1 e Capa dois)
Indústria pressiona por mais incentivos
Setor automobilístico cobra do governo, agora, benefícios fiscais para o segmento de autopeças. (Págs. 1 e 7)
Rapaz baleado durante ato em São Paulo
Manifestante de 22 anos levou dois tiros de policiais em protesto contra a Copa do Mundo, sábado. PM investiga o caso. (Págs. 1 e 4)

Boate Kiss
Há um ano, incêndio matou 242 pessoas, jovens em sua maioria, na cidade gaúcha de Santa Maria. (Págs. 1 e 5)
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Zero Hora


Manchete: Acordo contestado - TCE questiona prefeitura sobre obras junto à Arena
Segundo relatório de auditores do tribunal, município teria assumido melhorias que deveriam ter sido feitas por construtora. (Págs. 1 e 10)
Sem ônibus na capital: Greve deve afetar mais de 1 milhão de pessoas
Paralisação não tem data para se encerrar. Veja alternativas para driblar a falta de transporte. (Págs. 1 e 29)
Kiss: Um ano
Dia de saudade, vigília e homenagens às vítimas.

Os 47 meses de uma boate que operou fora da lei. (Págs. 1, 4 a 8 e 12 - Rosane de Oliveira)

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Brasil Econômico


Manchete: "A gestão do Banco Central é temerária"
Ex-diretor do Banco Central e doutor em Economia pela Universidade da Califórnia, Alexandre Schwartsman não foge à fama de crítico feroz do governo e da política econômica, que “no Brasil emana diretamente da Presidência da República”. O Banco Central, diz ele, é subserviente: “A prioridade do BC não é a inflação: é o crescimento, é o câmbio”. (Págs. 1 e 4 a 7)
Nelson Barbosa: ‘Política fiscal suavizou a inflação’
O ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda afirma que as medidas de renúncia fiscal ajudaram a conter os preços. Ele acredita que o BC persegue a meta da inflação. (Págs. 1 e 9)
Davos
Dilma: O Brasil precisa e quer parceria com investimento privado nacional e externo. (Págs. 1 e 8)
Plano de Negócios: Pequenos fornecedores alimentam funcionários das usinas da Odebrecht (Págs. 1 e 19)


Tendência: Rogério Molina, da LG: “A Copa vai impulsionar o interesse pelas telas grandes e pela alta resolução” (Págs. 1, 12 e 13)

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Brasil crescerá 2,3% neste ano e 2,8% em 2015
                  21/01/2014 15h00               
                              


O Brasil crescerá 2,3% em 2014 e 2,8% em 2015, segundo o "Panorama econômico mundial", relatório divulgado hoje pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), que aponta uma recuperação econômica mundial acima do previsto.
A economia mundial deve crescer 3,7% este ano e 3,9% no próximo. Os Estados Unidos, "com crescimento cada vez mais sólido", segundo o estudo, vão crescer mais que o Brasil nesses dois anos: 2,8% em 2014 e 3% no ano que vem.
A China mantém sua suave desaceleração, crescendo 7,5% neste ano e 7,3% no ano que vem. Mas o FMI indica que parte do crescimento mais forte chinês ainda depende excessivamente de investimento público em vez de consumo, e que o país precisa conter os riscos em seu setor financeiro sem reduzir excessivamente o crescimento, um "equilíbrio delicado", segundo o estudo.
Mas os preços das commodities cairão. O preço do petróleo deve cair 5,2% no ano que vem; todas as demais matérias-primas devem cair de valor em 6% este ano.
Os países da zona do euro começam seu lento processo de recuperação, com 1% de alta do PIB este ano e 1,4% no ano que vem. Alemanha, França, Itália e Espanha terão dois anos melhores que 2013, assim como o Reino Unido, que crescerá 2,4% este ano. Mas o sul da Europa continuará a ser "a área mais preocupante" da economia mundial, de acordo com o "Panorama".
Países emergentes terão que lidar com os riscos associados à saída de capitais rumo aos Estados Unidos, a partir do momento em que a superpotência reduza a impressão de moeda (colocando menos dólares no mercado) e de uma possível alta de juros no país.
Depois de anos de dólares chegando em grandes ondas aos emergentes, há uma seca potencial. O relatório do Fundo sugere uma combinação de ajustes macroeconômicos e esforços mais fortes de supervisão e regulamentação.
Economias com fragilidades domésticas e deficits de conta corrente estarão particularmente expostas. "Taxas de câmbio devem ser depreciadas como resposta a deterioração de condições de financiamento externas", diz o relatório.
Mas o Fundo indica que os emergentes serão beneficiados pela recuperação econômica dos países ricos

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

MARINA SILVA NA MÍDIA

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014


Ministro anuncia plano

 

emergencial para

conter crise em

presídios  do MA

 

 

Ao todo serão 11 medidas, dentre elas a criação de um comitê gestor.
Governo promete, até dezembro, zerar déficit carcerário no Estado.

Lenno Edroaldo e Mieko WadaDo G1 MA
Roseana Sarney em reunião com o ministro José Eduardo Cardozo e a cúpula da segurnaça no estado (Foto: Divulgação/Secom)Roseana Sarney em reunião com o ministro José Eduardo Cardozo e a cúpula da segurnaça no estado (Foto: Divulgação/Secom)
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta quinta-feira (9), em São Luís, a elaboração de um plano emergencial para tentar diminuir a violência no sistema carcerário do estado. Ao todo, serão 11 medidas. Entre elas, está a criação de um comitê gestor, gerido pela governadora Roseana Sarney e supervisionado pelo governo federal, que prevê ações integradas entre Executivo, Legislativo e Judiciário.
Além disso, o plano, que terá medidas implantadas anteriormente em outros estados, também prevê a remoção de presos; a realização de mutirão de defensores públicos para analisar caso a caso a situação de detentos; plano de ação integrada de inteligência prisional; implantação de núcleo de atendimento a familiares de presidiários (saúde, assistência psicológica); integração do Ministério Público e Poder Judiciário; implantação de plano de atendimento e capacitação para policiais que estão envolvidos diretamente em ações de segurança; penas alternativas; e monitoramento; além da construção de novas unidades prisionais.
"Algumas dessas ações já foram implantadas em estados como Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas, respeitando as competências de cada governo, obtendo resultados satisfatórios. E, aqu,i no Maranhão, teremos 11 procedimentos de atuação, formando um plano concreto para enfrentar os problemas”, afirmou o ministro da Justiça.

Déficit carcerário zero
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), afirmou que serão criadas 2.800 vagas no sistema carcerário do Maranhão até dezembro de 2014. O anúncio foi feito após reunião com Cardozo e a cúpula da segurança do estado, nesta quinta-feira, no Palácio dos Leões, em São Luís.

Segundo o governo estadual, serão investidos mais de R$ 131 milhões para o reaparelhamento do sistema penitenciário. Entre as medidas encaminhadas está a construção de um presídio de segurança máxima em São Luís, com 150 vagas, e a reforma e ampliação das unidades de Coroatá (150 vagas), Codó e Balsas (200 vagas em cada um). Um presídio em Imperatriz, com 250 vagas, também está em construção.
Cronologia dos ataques no MA - Atualizada em 9.1.2014 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Uma Comissão de Investigação, criada logo após as denúncias feitas  pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), está acompanhando os trabalhos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Além disso, foi criada a Diretoria de Segurança dos Presídios do Maranhão, que está atuando desde o dia  27 de dezembro do ano passado.
A reunião entre a governadora, o ministro da Justiça e a cúpula da segurança do estado ocorre em meio à crise no sistema carcerário do Maranhão. Na quarta-feira (8), a Organização das Nações Unidas (ONU) enviou ao Brasil um pedido de apuração sobre as mortes ocorridas em Pedrinhas e sobre os ataques na capital, São Luís. Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado em dezembro, apontou que no ano passado 60 presos foram mortos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.

Na semana passada, uma onda de ataques na capital maranhense, deflagrada de dentro do presídio, resultou na morte da menina Ana Clara, de 6 anos, que teve 95% do corpo queimado em um atentado a ônibus, na Vila Sarney Filho. Outras quatro pessoas ficaram feridas e foram internadas, e quatro ônibus foram incendiados. Duas delegacias foram alvejadas na capital. Desde domingo, 21 pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento nos ataques, entre elas seis menores.
População carcerária
De acordo com dados da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), o Complexo de Pedrinhas, que tem oito unidades prisionais, conta atualmente com 2.196 detentos. A capacidade do Complexo, no entanto, é de 1.770 vagas. Em todo o estado há 27 unidades prisionais. A quantidade de vagas no sistema penitenciário do Maranhão é de 3.421. A população carcerária, no entanto, é de 4.663 pessoas, entre presos provisórios e de justiça.
Os presos provisórios no sistema prisional de São Luís chegam a 1.676. No interior do estado esse número é de 1.234. Na capital, há 1.023 condenados, sendo 14 no regime aberto, 657 no regime fechado e 352 no regime no semiaberto. Nos municípios do interior, o total de condenados chega a 730, sendo 32 no regime aberto, 424 no regime fechado e 274 no semiaberto.
Criação de vagas
O Ministério da Justiça informou que, nos últimos dez anos, o governo federal enviou R$ 52 milhões ao Maranhão para a criação de 1.621 novas vagas para presos, por meio da construção de presídios ou da ampliação dos já existentes. De acordo com o ministério, das vagas previstas, foram criadas até agora 418 (26% do total).
Os R$ 52 milhões são referentes a sete contratos firmados pela União com o governo estadual. Desses contratos, dois foram finalizados, dois estão em vigência – mas com obras paradas – e três foram cancelados, segundo o governo federal.
Em nota, o governo do Maranhão disse ter enviado ao Ministério Público Federal (MPF) relatório no qual "já apresentou o detalhamento das ações desenvolvidas para reaparelhamento e modernização de todas as unidades do sistema carcerário do estado".
 
veja também
Cardozo e Roseana anunciam medidas para melhorar situação de presídios maranhenses
09/01/2014 - 21h50

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciaram hoje (9) um pacote de medidas com objetivo de resolver os problemas no sistema carcerário do estado. Cardozo se reuniu com Roseana, em São Luís, no início desta noite, para definir ações conjuntas envolvendo os vários níveis de poder.
Entre os 11 pontos anunciados, ficou acertada a criação de um comitê gestor da crise no sistema carcerário, que deverá contar com medidas integradas dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário locais.
A Defensoria Pública, por exemplo, fará um mutirão para analisar a situação dos presos a fim de colocar em liberdade os que cumpriram suas penas, além de buscar alternativas penais, como monitoramento eletrônico, para os que forem de menor periculosidade e estão em condições de receber esses benefícios. Essas medidas poderão ajudar a desafogar o sistema prisional, que sofre com a superlotação.
O ministro e a governadora também anunciaram que, até a próxima semana, será organizada a transferência dos presos para presídios federais. O governo federal já havia oferecido as vagas a fim de retirar das unidades prisionais maranhenses os líderes das facções criminosas que deram as ordens para os atos de terror na cidade.
Os ataques resultaram na queima de ônibus e tiros contra delegacias em São Luís. Uma criança morreu devido às queimaduras provocadas pelo fogo. Ela estava com a mãe e uma irmã em um dos ônibus atacados. As duas também ficaram feridas e ainda estão internadas.
Além dos atos de violência contra a população, os presos divulgaram imagens de colegas decapitados dentro dos presídios e denunciaram que mulheres de detentos foram estupradas no interior das unidades prisionais nos dias de visita.
Em Brasília, o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), presidido pela ministra Maria do Rosário, reuniu-se para discutir a situação dos presídios do Maranhão. Organismos internacionais têm pressionado o governo brasileiro por causa das constantes denúncias de violações de direitos humanos nas unidades prisionais do estado e a morte de 60 presos no ano passado.
Edição: Aécio Amado
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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Procurador-geral da República vai fazer pedido de intervenção federal no MA


Solicitação já está praticamente pronta no Ministério Público Federal


09 de janeiro de 2014 | 17h 39

  • Felipe Recondo - O Estado de S. Paulo
O pedido de intervenção federal no Maranhão, após a morte de 62 detentos no presídio de Pedrinhas, está praticamente pronto no Ministério Público Federal. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, avalia em que termos seria feito o pedido e qual o melhor momento para encaminhar o processo ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta quinta-feira,9, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi ao Maranhão para se reunir com a governadora do Estado, Roseana Sarney. A iniciativa, além da presença da Força Nacional de Segurança no presídio de Pedrinhas, pode esvaziar um pedido judicial de intervenção federal.
No final do ano passado, Janot encaminhou pedido de informações ao governo do Maranhão depois da morte de 62 presos. De acordo com integrantes do MP, as explicações repassadas pelo governo estadual, com promessas de construção de novos presídios nos próximos meses, não indicam uma solução urgente para o caso de Pedrinhas.
A alternativa, na visão do MPF, seria a intervenção. Caso faça o pedido nas próximas semanas, uma decisão liminar sobre o caso caberia à ministra Carmen Lúcia, que estará na presidência do STF até a próxima semana, ou ao ministro Ricardo Lewandowski, que assume o comando da casa no dia 20.
Uma análise dos mais de 5 mil pedidos de intervenção federal que foram negados ou estão paralisados no STF há anos mostram que dificilmente a Corte autorizará a intervenção do governo federal no Maranhão.
Outros pedidos
Em caso semelhante, em 2008, o Ministério Público pediu intervenção federal em Rondônia. O presídio de Urso Branco apresentava quadro semelhante ao encontrado no Maranhão há anos - superlotação, mortes de presos e violações a direitos humanos. O pedido feito pelo então procurador-geral da República, Antonio Fernando, tramita até hoje, sem decisão, no STF.
Em outros casos, o Supremo negou pedidos de intervenção feitos porque governos estaduais não pagavam os precatórios judiciais. No mais recente dos casos, o Ministério Público pediu a intervenção federal no Distrito Federal. Na época, investigações revelaram um esquema de pagamento de mesada a deputados distritais, escândalo que levou à queda do governador à época, José Roberto Arruda, e de seu vice, Paulo Octávio. Apesar disso, o STF negou o pedido de intervenção.
Os votos proferidos em todos esses casos mostram que o tribunal considera a intervenção uma medida excepcional. E lembram os ministros que a Constituição estabelece como regra a não intervenção - "A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal", determina o artigo 34. A intervenção poderia ser decretada, excepcionalmente, para assegurar os "direitos da pessoa humana".
Além da jurisprudência do tribunal, questões práticas decorrentes da intervenção levam a Corte a negar pedidos feitos pelo MP. Decretada a intervenção, o governo federal passaria a comandar as ações no estado, podendo, inclusive, nomear um interventor. Em ano eleitoral, seria um duro golpe para a família Sarney, aliada da presidente Dilma Rousseff.
Outro efeito seria a paralisação de emendas constitucionais. Para que uma alteração seja feita na Constituição, é preciso que a federação esteja funcionando normalmente, sem interferências do governo federal. Sendo autorizada a intervenção, um dos Estados da federação estará com sua autonomia comprometida.

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.