O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) notificou a operadora sul-coreana STX Pan Ocean para que sejam colocadas boias ao redor do navio da Vale que está carregado de minério e óleo e apresenta uma rachadura no Maranhão.
Segundo o superintendente do Ibama no Maranhão, Pedro Leão, a notificação foi entregue nesta sexta-feira (9). “Pedimos que as boias fossem colocadas em todo o perímetro ao redor do navio pois ainda não temos um acidente, mas um incidente”, disse Leão.
O coordenador de emergências ambientais Ibama no estado, Fabrício Ribeiro, informou que a STX entregou ao órgão o plano preventivo para o caso haja vazamento no navio. “A empresa nos entregou o plano que foi solicitado de forma preventiva pelo Ibama e pedimos que eles começassem já a coloca-lo em prática cercando o navio de boias”, afirmou Ribeiro ao G1.
A STX informou ao G1 que contratou uma empresa para atuar na questão e que “todo o aparato de emergência já está em São Luis”. Segundo a empresa, o navio começou a ser cercado com boias, mas há dificuldade em mantê-las devido à correnteza.
O navio estava sendo carregado no domingo no porto de Ponta da Madeira, em São Luís, em Maranhão, e seguiria com destino ao porto de Rotterdam, na Europa, quando a rachadura foi percebida. Na terça-feira (6), ele foi deslocado para uma área a cerca de 9 quilômetros da costa, onde a empresa operadora pretendia começar o conserto.
A empresa confirmou também que "ainda não sabe a dimensão" da fissura e que "ainda é cedo para avaliar as possíveis causas do incidente".
Conserto
A STX informou na quinta-feira que uma das hipóteses levantadas para o conserto da rachadura seria remover novamente o navio, desta vez para águas mais limpas, como as do Ceará. Agora, a empresa afirma cogitar também a possibilidade de deslocar somente internamente a carga do navio de uma forma que permita o conserto sem tirar o embarcação do local onde está.
Na quinta-feira (8), a Polícia Civil fez uma vistoria no navio. “Fizemos uma ação preventiva, apenas para tomar ciência do que está sendo feito na embarcação. Fomos informados que nem todos os tanques estão cheios de minério. São sete tanques com 263,4 toneladas de minério, além de dois tipos de combustível. O navio está com 334 toneladas de diesel e mais 7 toneladas de combustível pesado”, afirmou o delegado Mauro Bordalo, titular da Delegacia do Meio Ambiente do Maranhão.
Ele foi informado que a STX podia levar o navio para Fortaleza. "Uma das opções apresentadas seria levá-lo para no Ceará, onde as águas são mais límpidas e claras e seria melhor para os mergulhadores visualizarem o tamanho da rachadura e para que pudessem realizar o reparo”, disse o delegado. A empresa confirmou a informação.
Veja a nota da STX:
"A STX Pan Ocean informa que apresentou à Capitania dos Portos, nesta quinta-feira (8), um plano de ação para evitar qualquer impacto ambiental do navio que apresentou rachaduras em seu tanque de lastro no Maranhão, conforme solicitado pelo Ibama.
Desde 7/12, uma equipe de engenheiros vindos da Coreia vem realizando uma análise técnica detalhada das condições da embarcação para definir os procedimentos que serão adotados. A STX contratou uma empresa referência no mercado internacional de salvatagem, para remover assim que possível, e de forma segura, parte do combustível do navio.
Avaliações iniciais dos nossos engenheiros indicam que o navio, que foi rebocado para uma área de fundeio na Baía de São Marcos, pode ser reparado para então seguir viagem.
A STX Pan Ocean informa que ainda é cedo para avaliar as possíveis causas do incidente".
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